Fundo REI - Reitores

Fotografia. Papel. P&B. 2 itens. 18,3x24 cm.

História Administrativa/Biografia

Transcorria a década de 1930 do século passado. Alguns cursos superiores criados em Vitória pela iniciativa privada deram ao estudante capixaba a possibilidade de fazer, pela primeira vez, os seus estudos sem sair da própria terra. Desses cursos, três – Odontologia, Direito e Educação Física – sobrevivem na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Os ramos frágeis dos cafeeiros não eram mais capazes de dar ao Espírito Santo o dinamismo que se observava nos Estados vizinhos.

O então governador Jones dos Santos Neves via na educação superior um instrumento capaz de apressar as mudanças, e imaginou a união das instituições de ensino, dispersas, em uma universidade. Como ato final desse processo nasceu a Universidade do Espírito Santo, mantida e administrada pelo governo do Estado. Era o dia 5 de maio de 1954.

A pressa do então deputado Dirceu Cardoso, atravessando a noite em correria a Esplanada dos Ministérios com um processo nas mãos era o retrato da urgência do Espírito Santo. A Universidade Estadual, um projeto ambicioso, mas de manutenção difícil, se transformava numa instituição federal. Foi o último ato administrativo do presidente Juscelino Kubitschek, em 30 de janeiro de 1961. Para o Espírito Santo, um dos mais importantes.
A reforma universitária no final da década de 1960, a ideologia do governo militar, a federalização da maioria das instituições de ensino superior do país e, no Espírito Santo, a dispersão física das unidades criaram uma nova situação. A concentração das escolas e faculdades num só lugar começou a ser pensada em 1962. Cinco anos depois o governo federal desapropriou um terreno no bairro de Goiabeiras, ao Norte da capital, pertencente ao Victoria Golf & Country Club, que a população conhecia como Fazenda dos Ingleses. O campus principal ocupa hoje uma área em torno de 1,5 milhão de metros quadrados.

A redemocratização do país foi escrita, em boa parte, dentro das universidades, onde a liberdade de pensamento e sua expressão desenvolveu estratégias de sobrevivência. A resistência à ditadura nos “anos de chumbo” e no período de retorno à democracia forjou, dentro da Ufes, lideranças que assumiram e ainda assumem postos de comando na vida pública e privada do Espírito Santo. A mobilização dos estudantes alcançou momentos distintos. No início, a fase heróica de passeatas, enfrentamento e prisões. Depois, a lenta reorganização para recuperar o rumo ideológico e a militância, perdidos durante o período de repressão.
E, por último, nem por isso menos importante, a ousadia de achar que nem tudo se resolvia com a troca de governo. Livre para crescer, a Ufes escolheu o seu próprio caminho. Formadora de grande parte dos recursos humanos formados no Espírito Santo, ela avançou para o Sul, com a instalação do então Centro Agropecuário, em Alegre, São José do Calçado e Jerônimo Monteiro; e para o Norte, com a criação da extinta Coordenação Universitária em Nova Venécia e São Mateus. E, mais recentemente, a instalação do Centro Universitário Norte do Espírito Santo (Ceunes) em São Mateus.

História Arquivística

Em 1954, quando foi criada a Universidade do Espírito Santo (UES) suas faculdades eram isoladas e cada uma possuía sua própria biblioteca. Em 1961, com a federalização da UES, nasceu a Universidade Federal do Espírito Santo, e nessa época já se cogitava a junção dos acervos. Dois anos após, em 1963, criou-se o Serviço Central de Bibliotecas, onde foi reunido todo o acervo das bibliotecas, porém só em 1973 com a organização desse acervo nasceu a Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, contudo, ainda sem um lugar estabelecido para seu acervo (MARIANI, 2012). Após dezenove anos e com instalações em vários prédios da Ufes, em 1982 a Biblioteca Central recebeu sua sede com o nome do professor “Fernando de Castro Moraes”. A Biblioteca Central Fernando de Castro Moraes é hoje a unidade que coordena o Sistema Integrado de Bibliotecas da Ufes (SIB-Ufes), também é responsável pelas informações essenciais às atividades de Ensino, Pesquisa, Extensão e Administração da Ufes, além disso, é administradora de três divisões e oito seções, sendo uma delas a Seção de Coleções Especiais.
A Seção de Coleções Especiais da Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo é constituída de 13 (treze) coleções, em sua maioria, coleções fechadas, que pertenceram a personalidades do meio científico e/ou que tiveram participação na vida pública capixaba, adquiridas pela Ufes através de compra e/ou doação.
O acervo de Coleções Especiais é formado de livros com assuntos variados, como obras sobre o tema Ciências Sociais, História, Educação Física no Brasil no século XX, entre outros; livros de autores capixabas e sobre o Estado do Espírito Santo, com enfoques históricos e culturais; obras raras; periódicos, como também, uma valiosa coleção de fotografias de relevante valor histórico e cultural. Pertencente a esta coleção, encontra-se o Acervo Fotográfico Coleção Ufes - Reitores. Este acervo teve início na década de 90, quando os Departamentos da UFES doaram para a Biblioteca Central, as fotografias que documentavam suas atividades e seus projetos. Composto por 7.467 itens, o acervo retrata os acontecimentos referentes à gestão dos Reitores da Ufes no período de 1954 a 1991, como também, documentam os fatos relacionados a professores e alunos da Ufes, eventos e solenidades, exposições, conferências e seminários, bem como os episódios relacionados ao Estado do Espírito Santo. O acervo contém fotografias coloridas e em preto e branco e em diversas dimensões.

O acervo teve início na década de 90, quando os Departamentos da Universidade Federal do Espírito Santo doaram para a Biblioteca Central, as fotografias que documentavam suas atividades e seus projetos. Entre eles a Assessoria de Comunicação da Universidade. A ação que motivava a produção dos registros fotográficos era a cobertura jornalística ou editorial da Assessoria de Comunicação e Imprensa da instituição visando à publicação e à difusão de informações sobre eventos institucionais e pesquisas em periódicos impressos. Os registros fotográficos (fotografias) eram feitos pelos fotógrafos que acompanham os jornalistas nas entrevistas ou coberturas de eventos com ou sem a participação dos reitores.

O Acervo Iconográfico da Coleções Especiais da Biblioteca Centra da UFES (CE-BCUFES) é composto pelo ACERVO FOTOGRÁFICO COLEÇÃO UFES. Este Composto por 7.467itens, o acervo retrata os acontecimentos referentes à gestão dos Reitores da Ufes no período de 1954 a 1991, como também, documentam os fatos relacionados a professores e alunos da Ufes, eventos e solenidades, exposições,conferências e seminários, bem como os episódios relacionados ao Estado do Espírito Santo. O acervo contém fotografias coloridas e em preto e branco e em diversas dimensões.

O fundo está organizado em 10(dez) séries divididas pelas gestão dos reitores que ficaram a frente da universidade, a saber: Alaor Queiroz de Araújo (AQA), Ceciliano Abel de Almeida (CAA), Fernando Duarte Rabelo (FDR), Jair Etiene Dessaune (JED), José Antônio Saad Abi-Zaid (JASA), Manoel Ceciliano Salles de Almeida (MCSA), Manoel Xavier Paes Barreto Filho (MXBF), Máximo Borgo Filho (MBF), Nilton de Barros (NB) e Rômulo Augusto Penina (RAP), todos divididos em dossiês divididos por atividades, eventos e pautas jornalísticas.

Sem restrições no Arquivo Público do Estado do Espírito Santo.

Os documentos podem ser solicitados mediante termo de compromisso de citação das fontes e dos direitos autorais conforme as normas de acesso do Sistema de Biblioteca da Universiddae Federal do estado do Espírito Santo

• português do Brasil

MALVERDES, André & FURTADO, Marcelo França. Memórias Fotográficas da UFES: catálogo do Fundo Reitores (1954-1991). Vitória : AARQES, 2024.

Coleções Especiais. Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo. Av. Fernando Ferrari, 514, Campus Universitário de Goiabeiras, Vitória – ES, 29075-910.

Arquivista responsável: André Malverdes (SRT-ES 59/04)

Norma Brasileira de Descrição Arquivística (NOBRADE)
NOBRADE.

Arquivista responsável: André Malverdes (SRT-ES 59/04).
Data(s) da(s) descrição(ões) - outubro a março de 2024.